No dia da abolição da escravatura, o MPT-SP inicia tratativas com consulado do Paraguai para evitar trabalho escravo de trabalhadores paraguaios no Brasil

Em razão de uma denúncia feita pelo consulado do Paraguai, de que mais de uma dezena de cidadãos paraguaios estariam trabalhando em situação análoga a de escravos em uma empresa em São Paulo, o Ministério Público do Trabalho, representado pelo procurador Erich Vinicius Schramm, ouviu hoje, 13 de maio, dois desses trabalhadores sobre a exploração de mão de obra estrangeira a que estariam submetidos.

No dia anterior, os cônsules Linda Margarita Ovelar Ortiz e Ricardo Antonio Zarratea Herreros, estiveram na sede do MPT em São Paulo, onde foram recebidos pelo procurador-chefe, João Eduardo de Amorim, e pelo procurador oficiante, Erich Schramm, para tratarem de uma parceria para fortalecer o combate ao trabalho escravo e evitar a imigração de trabalhadores paraguaios para o Brasil de forma irregular.

Segundo o consulado, geralmente as vítimas encontradas em situação análoga à escravidão, encontram-se em situação migratória irregular e já são cooptadas assim que chegam na fronteira com o Brasil.

Erich Schramm, que investiga o caso, acredita que uma parceria entre o consulado e o MPT poderá ter um desfecho importante, uma vez que haverá um esforço para que cidadãos daquele país cheguem ao Brasil de forma regularizada e não precisem se submeter a eventual trabalho em condições análogas à de escravos.

Nos próximos dias, os dois órgãos darão continuidade às tratativas. A investigação sobre o caso denunciado está em curso.

Fabio Frederico, assessor juridico; Consul Linda Ovelar; Laura Cardozo, assessora juridica; Erich Schramm, procurador do Trabalho e Ricardo Zarratea, segundo cônsul do Paraguai e Lara Carolina Taveira Garcia, assessora jurídica do MPT
Fabio Frederico, assessor juridico; Consul Linda Ovelar; Laura Cardozo, assessora juridica; Erich Schramm, procurador do Trabalho e Ricardo Zarratea, segundo cônsul do Paraguai e Lara Carolina Taveira Garcia, assessora jurídica do MPT

Imprimir